O que é nefrolitiáse?
É literalmente a formação de pedras nos rins por desequilíbrio entre substâncias formadoras e inibidoras dos cálculos na urina. A doença atinge aproximadamente 10% da população brasileira e sua prevalência aumentou 20% no Brasil nos últimos 10 anos.
Qual a população mais atingida?
Homens entre 20 e 40 anos são os com o maior risco de adquirir a doença, mas com as mudanças de hábitos de vida e alimentares mulheres e adolescentes vem sendo diagnosticados com maior frequência. História familiar de litíase aumenta o risco de desenvolver cálculos, assim como baixa ingesta de líquidos, algumas doenças metabólicas, hábitos alimentares inadequados, infecções urinárias recorrentes e quadros disabsortivos intestinais (como o pós operatório de cirurgia bariátrica).
Como posso saber se tenho pedras nos rins?
Muitos portadores de nefrolitiáse são assintomáticos, porém, se os cálculos obstruírem as vias urinárias, o paciente poderá ter:
– Dor lombar ou na região abdominal baixa
– Náusea e vômito
– Sangramento na urina
– Dor ou urgência para urinar
Para o diagnóstico os exames de imagem mais utilizados são a ecografia e a tomografia. O ultrassom (ecografia) é o exame de escolha por ser de baixo custo e isento de radiação, sendo adequado para o diagnóstico da maioria dos cálculos. A tomografia é o exame padrão-ouro e será importante em cálculos menores e de localização distal. A realização do exame de imagem é importante para definir as possibilidades de tratamento, dependendo do tamanho e localização do cálculo.
É possível evitar os cálculos?
Sim! A investigação da causa da formação do cálculo é feita com exames de sangue e urina 24 horas, avaliando se há algum elemento em excesso ou insuficiente. Com base nesses exames o nefrologista fará a orientação sobre mudanças na ingestão de líquidos, dieta, medicamentos ou seguimento da investigação com avaliação de outras patologias associadas a litíase. Caso haja eliminação do cálculo ele pode ser guardado para análise em laboratório específico. Até 85% dos cálculos podem ser tratados de forma conservadora e eliminados espontaneamente ou com auxílio de medicações, porém é importante receber a orientação dirigida ao distúrbio responsável pelo desequilíbrio para evitar a recidiva.
Texto_ Dra. Natasha Silva Constancio